34.º Domingo Comum – Ano C.
A Igreja proclama neste último Domingo do ano litúrgico que Cristo é Rei do Universo.
E21 de novembro de 2021
Dan 7, 13-14; Ap 1, 5-8; Jo 18, 33-37
Um reino diferente
Neste último Domingo do ano litúrgico celebra a Igreja a Solenidade de Cristo Rei. É Ele o Senhor da História. “Tudo foi criado por Ele e para Ele”. Pela sua morte e ressurreição tudo submeteu ao seu poder. Não é reino de prepotência, mas de serviço e salvação. Quem quiser entrar nele, faça-se obediente, tome a sua cruz e siga-o. É um rei crucificado, que nos abre as portas do paraíso. “Hoje mesmo estarás comigo” no reino desde sempre preparado para ti.
Eis o nosso Rei – Cristo é Rei do Universo. Nele se encerra toda a esperança da salvação. É um Reino que não é deste mundo. Um Reino onde a paz e a justiça se abraçam e onde o amor faz lei. Somos um Reino de irmãos, onde cada um é rei, porque sagrado no batismo para a missão de servir e dar a vida. Ele será nosso Rei, se o colocarmos como motor da nossa vida e ação. E seremos sacramento da sua ação no mundo. Que Ele nos faça, pela nossa vida e testemunho, anunciadores do seu Reino: Reino de verdade e de vida, de santidade e de graça, de justiça, de amor e de paz.
Um rei que se imola na Cruz – JNRJ são as letras que desde pequeno me habituei a ver por cima da cruz de Jesus e tentei decifrar. Só mais tarde é que descobri o significado: Jesus Nazareno Rei dos Judeus. Escrito em hebraico, em grego e em latim, para que todo o povo compreenda o motivo da sua morte. Um rei crucificado! Ignomínia, escândalo, equívoco? Pelo contrário. É só a certeza de que o seu Reino, que não tem nada a ver com os nossos reinos, se conquista pela cruz. É um Rei que se imola para que no mundo triunfe a verdade, a justiça e a paz. E é um Rei que procura seguidores.
A chave do Reino – “Vinde, benditos do meu Pai, ocupar o reino que para vós estava preparado… porque tive fome e me destes de comer, tive sede…”. É a síntese da mensagem que Jesus pregou: Deus é nosso Pai e nós somos todos irmãos. É a página pela qual faremos o nosso exame final. Estudemo-la bem, treinemo-nos com respostas quotidianas, porque no dizer de S. João da Cruz “no entardecer da vida seremos julgados pelo amor”. Temos nas nossas mãos a chave para abrir a porta desse reino. A realeza de Cristo manifesta-se hoje nos nossos gestos. Não entenderemos que Cristo é Senhor, se não nos fizermos servos como Ele. Não poderemos reconhecê-lo no Céu, se não o tivermos visto, amado, vestido e socorrido aqui na terra em cada rosto que traz a sua marca. Abre a tua porta a cada próximo para que Jesus não te feche a sua. Não procures outras chaves, porque só esta te abre a porta da eternidade. “Eis que estou à porta e bato, se alguém me abrir, entrarei e cearei com ele e ele comigo”.
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