A escultura de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, que se venera na capelinha das Aparições, celebra este ano 2020 o seu centenário. Na peregrinação aniversária do 13 deste mês de junho, a primeira com peregrinos desde o início da pandemia, esta vai ser deslocada por algumas horas para a exposição “Vestida de Branco”, sendo possível observá-la mais de perto.
A imagem vai estar na exposição comemorativa que evoca o seu centenário e juntar-se-à, no núcleo V da referida exposição, às oito esculturas de Nossa Senhora de Fátima criadas por variados autores eruditos que interpretaram as descrições dos videntes e seguiram de forma mais próxima ou mais distante o modelo inicial criado em 1920 e que completa agora 100 anos, explica nota de imprensa do Santuário de Fátima.
A imagem poderá ser contemplada de perto no dia 13 de junho entre as 14:30 e as 20:00, no Convivium de Santo Agostinho, com entrada pelo lado norte da Galilé e saída pelo lado sul.
A escultura, que se tornou um dos ícones marianos mais conhecidos e replicados em todo o mundo, foi encomendada em 1919 por um devoto de Torres Novas, Gilberto Fernandes dos Santos, à Casa Fânzeres, de Braga.
Obra do santeiro José Ferreira Thedim, inspirada numa imagem de Nossa Senhora da Lapa, venerada em Ponte de Lima, a Imagem foi modelada e executada conforme o relato das videntes, tal como lhe foi transmitido pelo cónego Manuel Formigão.
Com 1,04 metros de altura, a escultura foi produzida em cedro do Brasil, ficando a cargo da Casa Teixeira Fânzeres, de Braga, a aplicação de policromia e de dourados.
A Imagem foi benzida em 13 de maio de 1920 pelo pároco de Fátima, padre Manuel Marques Ferreira, na Igreja Paroquial, tendo sido levada para a Capelinha das Aparições apenas um mês depois, porque na altura as manifestações religiosas estavam proibidas pelo Regime Republicano.
Durante a noite, a Imagem era recolhida pela zeladora Maria Carreira – conhecida por Maria da Capelinha –, razão pela qual escapou incólume ao atentado de 6 de março de 1922, que destruiu parcialmente a Capelinha.
Desde maio de 1982, com a renovação da Capelinha das Aparições a tempo da primeira visita de João Paulo II, a Imagem assenta no exterior da Capelinha numa peanha que assinala o local exato onde se encontrava a azinheira (entretanto desaparecida por ação dos devotos) sobre a qual Nossa Senhora apareceu aos três Pastorinhos.
Esta Imagem habitualmente sai da Capelinha nos dias 15 de agosto e 8 de dezembro bem como na noite dos dias 12 e nos dias 13 das grandes peregrinações internacionais aniversárias, de maio a outubro.
Programa da Peregrinação de Junho
O centenário da chegada da Imagem à Cova da Iria será celebrado na peregrinação internacional aniversária de junho, que é presidida por D. Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa.
Natural da Diocese do Porto, D. Américo Aguiar nasceu a 12 de dezembro de 1973 e foi ordenado sacerdote em 2001; é presidente da Irmandade dos Clérigos desde 2011 e, desde 2016, presidente das empresas do Grupo Renascença Multimédia, tendo sido diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais. É atualmente o coordenador do Comité local organizador da Jornada Mundial da Juventude, que se realizará em Lisboa, no verão de 2023.
O programa da peregrinação internacional aniversária, a primeira do ano com peregrinos na Cova da Iria, depois do confinamento provocado pela pandemia resultante da covid-19, começa às 21h30 do dia 12 de junho, com o Rosário internacional na Capelinha das Aparições, seguido de Procissão das Velas e Celebração no Altar do Recinto de Oração. No dia 13 de junho, o Rosário internacional terá lugar às 09h00, na Capelinha das Aparições seguido de missa, bênção dos doentes e procissão do Adeus.
A peregrinação internacional aniversária de junho é a segunda do ano pastoral, que está a ser vivido em Fátima sob o tema «Tempo de graça e misericórdia: dar graças por viver em Deus», e assinala a segunda Aparição de Nossa Senhora.
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